EXERÇA SUA FÉ!
Onde estão os "JÓ" desta geração?
O nome Jó significa: Voltado sempre para Deus
É impossivel falar de fé e não mencionar Jó.
Quem conhece sua história, sabe que era um homem rico, fazendeiro da época, tinha uma linda família, e derrepente perdeu tudo que tinha, inclusive os seus filhos, sua saúde.
mas, algo me chama atenção neste livro. A SUA FÉ!
Quando medito neste versiculo em destaque, percebo o quanto Jó tinha FÉ. A convicção de que o REDENTOR dele vive e que iria se levantar em seu favor. Já profetizando sobre a vinda do nosso REDENTOR Jesus (Salvador) Cristo (Messias , ungido de Deus).
Por que Jó sofreu? Talvez essa pergunta nos ajude a lançar luz sobre um dos temas mais delicados e de difícil compreensão da fé cristã. E essa luz não extermina o problema, mas nos ensina que longe de ser uma anormalidade da nossa caminhada com Deus, como alguns televangelistas brasileiros tencionam, o sofrimento é um processo de Deus, cujo objetivo é medir nossa fé e nos dar um senso real de sua firmeza. O livro de Jó parece ser uma engenhosa obra de Deus para nos tirar da nossa superficialidade cristã e nos fazer considerar melhor o sofrimento e não usá-lo como fonte de conclusões errôneas e prejudiciais à nossa fé. Precisamos avançar em alguns pontos, à medida que caminhamos com Deus. Precisamos crescer. Dentre as conclusões, destaco algumas.
Primeiro: É a concepção errada de que o sofrimento é uma evidência de pecado. Essa foi uma das linhas de raciocínio dos amigos de Jó para explicar a causa de seu sofrimento. Esse pressuposto é tão antigo quanto errado. Embora o pecado nos traga consequências desastrosas, ele não é a única razão. Era isso que Deus queria mostrar aos israelitas com o livro, como a nós também. Não é incomum cristãos confusos por sofrimentos que os acometem, mesmo tendo uma vida dedicada e de acordo com o que nos recomenda a Bíblia. Também não é incomum juízos de outrem afirmando ser o pecado a real causa de toda a tempestade.
Segundo: A “teologia da retribuição”. O senso comum israelita – e o de muitos atualmente – era a ideia de que aos ímpios estava reservado o sofrimento e aos justos a bênção. No entanto, como podemos ver, não é essa a realidade dos fatos. Todos os dias vemos os ímpios prosperarem e os justos definharem, como também o oposto. A Bíblia está repleta de casos em que homens piedosos vivem profundas amarguras e provações. Parece que esse paradigma precisava ser quebrado para que o sofrimento fosse visto como um aliado de Deus para provar e aprovar seus eleitos. Além disso, essa “nova” concepção dá um entendimento dos porquês do sofrimento.
O panorama de Jó
Essa visão pode ser comprovada logo nos primeiros capítulos do livro. Um “homem íntegro e reto, que temia a Deus e se desviava do mal” (Jó 1) torna-se vítima de Satanás e vê sua família desfeita e seus bens destruídos. Em pouco tempo, o mais bem sucedido homem de sua época, torna-se o mais miserável. O que chama atenção é que a conduta de Jó não era bem vista apenas diante de homens, mas diante de Deus! Somente sob este ponto é difícil de chegar a uma resposta clara sobre a razão de um homem daquela envergadura sofrer.
Após mergulhar em profunda desgraça, perdendo tudo e ver seu corpo acometido por úlceras, Jó inevitavelmente vira-se para Deus e exige uma resposta para tudo o que lhe sobreviera. Questiona seu nascimento, declara-se justo e ganha a companhia de “amigos” para ajudá-lo a compreender esse terrível momento.
Após isso, segue-se uma linha de raciocínio superficial e até preconceituosa da parte de seus amigos para explicar o porquê de tal sofrimento. Nenhum deles comove ou convence Jó de sua exigência, que, continuando a não entender seu estado, chama Deus para um “tribunal”.
Tudo o que costumamos afirmar como causa do sofrimento encontra-se no discurso dos amigos de Jó. Pecado, rebeldia, desobediência, injustiça. De tudo isso Jó foi acusado. Mesmo assim, exigia uma resposta de Deus. Estava irredutível. Somente o Altíssimo para uma explicação plausível.
Deus, mesmo por trás de todo esse acontecimento, em profundo silêncio boa parte do livro, aceita o desafio e concede a Jó a maior revelação que um homem teve de sua Majestade e Sabedoria. No entanto, ao contrário do que imaginara de início, Jó se posiciona no banco dosréus desse imaginário tribunal logo nos primeiros momentos de conversa, em que Deus o questiona sobre assuntos, cuja compreensão de um pobre mortal é impossível. Pronto, Deus se revelara, mas a resposta… Ela não deu motivo algum para Jó se sentir injustiçado. Pelo contrário, ela o humilhou. O fato de Deus ser Soberano, o Criador e Mantenedor de todo o Universo e que,com Sabedoria, governa todas as coisas fez de Jó um resignado sofredor. A dor, o questionamento e a dúvida sumiram diante da presença de tão maravilhoso Ser.
A resposta de Jó
No entanto, no meio do caminho, uma afirmação de Jó nos chama a atenção; e parece ser ela o grande segredo do livro.
“Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra. E depois de consumida a minha pele, contudo ainda em minha carne verei a Deus. Vê-lo-ei, por mim mesmo, e os meus olhos, e não outros o contemplarão; e por isso os meus rins se consomem no meu interior.” (Jó 19.25-27)
Essa sua postura é de nos fazer cair o queixo. Mesmo com todo o revés que o perseguia, com dores e um incômodo terrível na carne e na companhia de pessoas que o questionavam e colocavam em dúvida sua integridade – atestada por Deus – ele foi capaz de soltar uma declaração que nos choca pela vida e poder.
Apesar de tudo, a fé de Jó estava intacta! Nada havia mudado em relação à sua vida com Deus. Bens, família, sucesso, saúde, nada disso afetou sua fé. E mais: um sofrimento sem causa aparente, capaz de abalar qualquer estrutura emocional e sentimental, por mais firme que seja. Sobre tudo isso a fé de Jó triunfou e sua confiança permaneceu.
Sem analisarmos muito o texto em questão, o caráter de Deus, seu poder e fidelidade eram conhecidos por Jó. Parece que ele aprendeu uma belíssima lição: a confiança em Deus não estava apoiada nas circunstâncias, mas no próprio Deus. Ele era a fonte.
A lição que fica
Diante disso tudo é inevitável algumas conclusões. Eu destaco três.
Precisamos ver de forma bíblica o sofrimento. Numa sociedade ávida por prazer e bem estar, o sofrimento é evitado e rejeitado o tempo inteiro. Isso parece afetar alguns cristãos, que aceitam a visão do mundo. No entanto, reafirmo, ele é uma ferramenta de Deus para provar nosso caráter, motivações e a sinceridade da nossa fé. Com isso, nos tornamos, cristãos mais humildes e dependentes; mas sinceros e submetidos à vontade dAquele que pode tudo em todos. O que me encanta no livro de Jó é que ele é um alerta para nós, que não somos do mundo, mas estamos no mundo sujeitos aos sofrimentos, e provações. Ele rechaça qualquer tentativa de tornar o sofrimento um “corpo estranho” à fé cristã.
Uma fé saudável o suporta. Jesus diz que “nesse mundo tereis aflições” e os apóstolos endossam essa afirmação (Rm 8.18; 1Pe 4.13). Isso significa que, apesar dos ventos contrários, é natural que o nascido de novo suporte as aflições que possa enfrentar, pois elas não vêm “além de suas forças” (1Co 10.13) e o melhor: “Elas não são para comparar com a Glória que em nós há de ser revelada”; “ela produz um peso eterno de Glória”; “assim como somos participantes das aflições de Cristo, também o seremos da sua Glória”. Perceba que há uma relação íntima entre o sofrimento e a Glória, embora uma não possa ser comparada à outra, tamanha a distância que há entre elas. Antes de ser um motivo para minar a fé, as tribulações a fortalecem, como nos registra o caso de Jó.
Deus está no controle. Essa assertiva é bastante conhecida no mundo evangélico, mas, penso, pouco compreendida, pois se fosse não teríamos crentes com crises de fé que apenas indicam pouca maturidade – não quero ser rude com os que naturalmente passam por esses momentos no início da caminhada. Quero apontar a falta de fundamento por parte daqueles que já estão há tempos no Caminho – principalmente quando essas crises são resultados de alguma privação. A grande lição dos capítulos 38-41 é a completo controle de Deus sobre o Universo, inclusive nossas vidas. Seu cuidado, presença, conforto e força estão conosco o tempo inteiro, mesmo quando as circunstâncias parecem mentir.
Conclusão:
É consolo inestimável ter a vida de Jó como exemplo. Este, por si só, é suficiente para não nos deixar levar pelos olhos, mas nos fazer andar por fé e confiança inabalável em Deus, cujo amor se manifestou gloriosamente na Cruz ao, ainda sendo nós pecadores, Jesus morreu por nossos pecados. É um atentado ao coração e à mente duvidar de um Deus tão amável e doce; tão presente e forte; tão sábio e soberano. Esse é o Deus de Jó. Esse é o meu e o seu DEUS.
E no mais só podemos fazer como os dicipulos de Jesus,
Os apóstolos disseram ao Senhor: "Aumenta a nossa fé!" Lucas 17:5
Em Mateus o SENHOR declara que se tivermos fé como um grão de mostarda...
...porque em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e há de passar; e nada vos será impossível. Mateus 17:20
Detalhe nas palavras do Mestre; COMO UM GRÃO, não é do tamanho, porque a nossa fé tem que ser GENUÍNA, sem mistura, sem contaminar, sem se deixar levar por qualquer obstacúlo. A semente de mostarda por ser a menor dos grãos, não dar pra fazer enxesto, ou alguém já viu um pé de mostarda com galhos de abacate?
Não, né? Assim tem que ser nossa fé, em DEUS, exclusivamente.
E quando a planta mostarda nasce fica uma arvore grande.
Do mesmo modo, a nossa fé, pode até ser como um grão de mostarda, mas quando germina, dá frutos, grandes.
Que possamos manter nossa fé INABALÁVEL, como Jó, que não abandonou sua fé em DEUS mediante as circunstâncias, mas, em nada Jó pecou.
E disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o Senhor o deu, e o Senhor o tomou: bendito seja o nome do Senhor.
Em tudo isto Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma. Jó 1:19-22
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